Capela de Nossa Senhora da Penha de França da Quinta do Pé da Serra
De portas abertas desde o final do século XVIII, a Quinta pertence ainda à mesma família. Assume este nome porque se situa no lugar do Pé da Serra, entre Colares e a Malveira da Serra. Aqui produziam-se e comercializavam-se vinhos e estava longe de ser um espaço para eventos.
Detentores de propriedades na região, desenvolvem a produção e comercialização de vinho, criando uma marca própria (F.C. - Francisco Costa), que decorrente da sua evolução e prosperidade, atingiu a exportação para o Brasil.
Em meados do séc. XIX surgiu na Europa uma doença, causada por um inseto, a filoxera, vinda do Continente Americano, que dizimou grande parte das vinhas da Europa (concretamente em França), e a partir de 1865 o vinhedo nacional. Este insecto atacava as raízes da vinha, provocando murchidão, originando um grande prejuízo aos silvicultores. Este facto, paradoxalmente, determinará o florescimento do vinho da região de Colares. As vinhas de Colares não foram afetadas por esta doença, devido à característica específica de serem plantadas em terrenos arenosos, e a grande profundidade, o que lhes permitia ficarem a salvo do ataque da filoxera. Sendo o vinho F.C. um "Collares", elaborado à base da casta Ramisco, torna-se num vinho da região, como todos os outros, imune à doença, com significativa procura.
Manoel de Almeida Costa e Silva virá, a seguir, herdar a Quinta do Pé da Serra e parte das vinhas. Apostando na continuação da actividade vinícola, irá associar-se e constituir a sociedade comercial "Manoel Costa e Companhia, Limitada", em 12 de Novembro de 1925. Adicionalmente, há já existente Adega Velha (em frente à Quinta), irá a sociedade adquirir as contíguas "Adega do Cais", a "Adega Nova" e a "Adega do Portão Velho".
Passa a convidar potenciais compradores, disponibilizando a casa Mãe com os seus quartos (os quais equipa com lavatórios, alguns ainda existentes), de forma que pudessem pernoitar, conhecerem as adegas, provar os seus vinhos e adquiri-los. A actividade cessaria anos mais tarde, e assim, se manteve a Quinta do Pé da Serra, durante alguns anos como um espaço de lazer para a família e de pequena produção agrícola.
Nossa Senhora da Penha ou da Peninha, queria ficar no alto da Serra para ver a Sua morada neste local, que a partir de 1758 foi agregado à Paróquia de Colares.
A necessidade da sua preservação virá a conduzir, a uma nova etapa. Assim, em 1980 realizou o seu primeiro evento público e iniciou a actividade mais relevante, a que ainda hoje se dedica - organização de Festas de Casamento e Eventos Empresariais.
Agradecemos aos proprietários por nos permitirem fazer este registo fotográfico.