Igreja de Nossa Senhora da Graça
"Os naturais e forasteiros de Almoçageme começaram em 1758 a erguer uma nova capela em terrenos de semeadura de trigo. A capela é aberta ao culto com a celebração das primeiras missas em 15 de Agosto de 1768 e em Outubro deste mesmo ano realizaram-se os primeiros festejos em honra de Nossa Senhora da Graça e julgamos de interesse a decisão então tomada 'devesse solenizar a Srª da Graça no primeiro Domº de Outubro. Domingo do S.mo Rosário'."
in "Cem anos de vida e história da S.R.M
de Almoçageme 1892 -1992"
Arquitectura religiosa, pombalina. Igreja paroquial rural de planta longitudinal composta pela justaposição de 2 corpos rectangulares (nave e capela-mor), com volumetria escalonada e cobertura efectuada por telhados a 1 e 2 águas. Alçado principal composto por 2 corpos ritmados por pilastras e soco de cantaria, dos quais se demarca o corpo principal, correspondente ao interior da igreja e rasgado a eixo, por porta com emolduramento de cantaria de verga ligeiramente curva, articulada com ática contracurvada, ladeada por 2 janelas quadradas e encimada por janelão de peito de verga curva com emolduramento simples de cantaria. Remate superior em empena triangular, com cruz ao centro. Corpo lateral, marcado pela presença de ventana sineira. INTERIOR, de nave única com cobertura em abóbada abatida. Na face interna da fachada, coro-alto com guarda de madeira em balaustrada. Muros laterais da nave com lambril azulejar, reconhecendo-se, do lado do Evangelho, púlpito com guarda em madeira. A capela-mor, precedida de arco triunfal em cantaria, exibe planta rectangular e cobertura em abóbada abatida. Reconhece-se no muro do lado do Evangelho tribuna com guarda em balaustrada de madeira e no muro de topo, retábulo em talha dourada e pintada com marmoreados, a inscrever óculo iluminante.
Planta longitudinal composta pela justaposição de 2 corpos rectangulares (nave e capela-mor), o edifício apresenta volumetria escalonada sendo a cobertura efectuada por telhados a 1 e 2 águas. Apresenta alçado principal a E. composto por 2 corpos ritmados por pilastras e soco de cantaria, dos quais se demarca o corpo a N., correspondente ao interior da igreja e rasgado a eixo, ao nível do piso térreo, por porta principal com emolduramento de cantaria de verga ligeiramente curva, articulada com ática contracurvada. A porta é ladeada por 2 janelas quadradas e encimada por janelão de peito de verga curva com emolduramento simples de cantaria, sendo o conjunto superiormente rematado por empena triangular, com cruz ao centro. No corpo lateral, a S., regista-se porta de verga ligeiramente curva e remate superior em pano de muro recto, com ângulos reentrantes curvos, articulado com ventana sineira. INTERIOR: de nave única com cobertura em abóbada abatida. Na face interna da fachada, coro-alto com guarda de madeira em balaustrada. Muros laterais da nave com lambril azulejar (*1), do lado do Evangelho, vão entaipado articulado com púlpito com guarda em madeira com representação escultórica e pictórica do Cordeiro Místico. Precede a capela-mor arco triunfal de cantaria em cujos muros colaterais surgem 2 peanhas em mármore com imagens. A capela-mor, de planta rectangular e cobertura em abóbada abatida, com muro do lado do Evangelho rasgado por vão de verga recta sobre o qual se observa tribuna com guarda em balaustrada de madeira (*2) e muro de topo, animado por retábulo em talha dourada e pintada com marmoreados, ritmado por colunas de capitéis coríntios encimados por pináculos, podendo identificar-se a figuração escultórica de Cristo Crucificado. O conjunto apresenta remate curvo a incorporar baldaquino, e inscreve óculo iluminante. Pelo lado do Evangelho, acede-se a espaço rectangular, em cujo muro se observa lavabo em cantaria (*3).
Séc. 18, 2ª metade - provável construção da igreja; 1998 - colocação de relógio na fachada da capela
o denominado Largo da Fonte da Aldeia, o se constitui como espaço principal da vida social, religiosa e comercial de Almoçageme. O largo integra designadamente os seguintes elementos dignos de menção - ao centro: fonte (com tanque de planta quadrada, apresenta arca paralelepipédica, rematada superiormente por urna de cantaria, sendo a água libertada por meio de bicas existentes em 2 das faces da arca); coreto (de planta octogonal, ostenta cobertura em chapa metálica rematada por lambrequim e guarda de ferro forjado); cruzeiro de cantaria (no extremo E.)
PROPRIETÁRIO: c. 1990 - profunda campanha de obras responsável por uma significativa transformação do imóvel, tendo-se procedido designadamente à substituição de rebocos em paramentos interiores e exteriores; substituição da cobertura, aplicação de lambril azulejar industrial; abertura da antiga sacristia para a capela-mor (criando amplo vão sob a tribuna pré-existente); aplicação da primitiva balaustrada de madeira que precedia a capela-mor, sua fragmentação e parcial aproveitamento como guarda da tribuna; ampliação do coro-alto (avançando sobre a nave e guarnecido de nova guarda de balaústres de madeira); abertura de nova porta na nave (transformando aquela existente em confessionário, tendo-se deslocado o púlpito de molde a ficar no seu enfiamento); construção de nova sacristia (aproveitando construção contígua pré-existente); substituição do primitivo retábulo-mor e colocação do que actualmente se observa
Aqui, venera-se, além de Nossa Senhora da Graça, Santo André e Santa Bárbara, contando com mais imagens na Procissão Anual.
Fez-se sempre a festa de forma ininterrupta, fazendo no ano de 2018 os 250 anos, com grandes festividades, como pode visualizar no vídeo.