Igreja de São Lourenço
A Capela de S. Lourenço, existente na Azenhas do Mar, que segundo alguns testemunhos, terá mais de 200 anos, sofreu ao longo dos anos algumas vicissitudes, que lhe alteraram de forma radical a imagem que hoje temos dela.
Segundo José Alfredo Azevedo, em Litoral e planície Saloia, já no século XX, com a conivência de um vereador da Câmara e do responsável pela Capela resolveram destruir-lhe a sua galilé, transformando-a "numa simples casa abarracada", após alguma contestação (havendo uma notícia sobre as obras da Capela das Azenhas no Jornal de Sintra em 11-9-1966), em 1995 a capela foi reconstruída com a Galilé , recuperando o seu primitivo aspeto.
A atual estrutura é composta por vários volumes onde se destacam a galilé e a nave do templo. A galilé, de, apresenta características únicas relativamente àquelas que podemos encontrar no restante concelho. A grande entrada ocupa praticamente toda a largura do alpendre. Duas colunas, de secção cilíndrica e apoiadas em bases quadrangulares, suportam um arco de volta perfeita que se expande para as laterais terminando em forma retangular, tal-qualmente uma serliana de traço e fundação vernácula. O telhado de duas águas detém forro de madeira que contrasta com os bancos de pedra corridos existentes de ambas as laterais da estrutura. A norte e a sul abrem-se duas janelas, ambas com uma coluna de fuste liso ao centro, inundando de luz o espaço interior da galilé.
O Dia Festivo é por excelência o dia de São Lourenço, Diácono e Mártir. Existe Celebração Eucarística no Adro da Igreja, seguindo em procissão pelas ruas das Azenhas do Mar, tendo como ponto alto a Bênção do Mar, no promontório do Miradouro do Arcão, retornando à Igreja e Fazendo a Bênção sobre o Povo.
Aqui, também, se venera a Imagem de Nossa Senhora dos Mares.
Círio do Litoral Colarense em Honra de São Lourenço
No texto, publicado nas "Loas" da autoria de Maria Teresa Caetano do mais recente círio , o Círio do Litoral Colarense em honra de S. Lourenço" organizado pela Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares e do CEDCRAM - Centro Educativo das Azenhas do Mar, em 2 de Julho de 2006, é descrito que," Os círios surgiram assim vinculados a irmandades e/ou comissões de festeiros que se empenhavam em garantir a continuidade da tradição, cuja génese é hoje muito difícil de determinar sendo notável porém, a sua estreita relação com a finisterra ocidental, porquanto quase todos eles , organizados segundo regras ancestrais e percorrendo sempre os mesmos itinerários, se encaminhando até à beira-mar(...)"